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Aprenda a dar um passeio

Cerca de dez anos atrás, recebi pelo correio um pacote enviado por meu pai. Era um livro velho e gasto que trazia na contracapa a seguinte mensagem:

Querido Robin, comprei este livro há algum tempo em uma loja de livros usados. O que paguei por ele não foi nada perto de seu enorme valor. Gostei muito e espero que você também goste. Com amor, papai.

Publicado em 1946, chama-se Getting the Most Out of Life [Tirando o melhor da vida] e é um dos tesouros de minha biblioteca de livros de sabedoria e autoajuda.

Volto sempre aos ensaios curtos contidos nesse livro, tais como “Levante-se e viva!”; “Como viver por muito tempo”; “Como viver vinte e quatro horas por dia” … e cresci com as lições por ele transmitidas. Esse livro não tem preço, com certeza.

Peguei-o novamente não muito tempo atrás, num dia chuvoso, e, depois de folheá-lo, parei num capítulo intitulado: “Como dar um passeio”.

Nele o autor, Alan Devoe, compartilha com os leitores sua opinião sobre como podemos aproveitar ao máximo um passeio.

Primeiro, diz ele, um passeio a pé nunca deve ter uma finalidade específica. Em vez de andar com um destino preestabelecido, mergulhe na beleza da caminhada em si.

Segundo, nunca leve junto suas preocupações. Elas devem ficar em casa; se não fizer isso, elas estarão ainda mais enraizadas em sua mente depois do passeio.

E, finalmente, fique atento: exercite-se a prestar muita atenção ao que vê, ouve e cheira. Repare no formato das folhas das árvores. Observe a beleza das nuvens e sinta o perfume das flores.

E ele concluiu:

O mundo, afinal, não é tão insuportável quando a pessoa tem a chance de observá-lo, cheirá-lo, sentir sua textura e ficar sozinho com ele. Essa aproximação com o mundo – essa renovação do sentimento de mágica felicidade e encantamento que você sentia quando criança -, esse é o propósito dos passeios.

Extraído do livro “Quem vai chorar quando você morrer?” de Robin Sharma

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