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Aprendendo com um Copeiro

Por: Claudecir Bianco
Teólogo e Missionário
Maio/2019


Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão vivendo lá na província passam por grande tribulação, privação e humilhação! Neemias 1.3

O livro de Neemias gira em torno da narrativa, em primeira pessoa, do Copeiro do Rei Persa, Artaxerxes. É a autobiografia de um homem que sacrificou uma vida de segurança e luxo para poder ajudar seus irmãos necessitados em Jerusalém. Descreve um homem que combinou espiritualidade com ações práticas. Uma pessoa que sabia orar e trabalhar, em busca dos resultados que havia apresentado diante de Deus, em oração. Destemido e confiante no poder de Deus, recusou pegar atalhos e realizar pactos com seus inimigos externos. Este homem não só comandou a reconstrução dos muros de Jerusalém como também restaurou a confiança do povo, renovando o pacto que Deus havia estabelecido com Moisés. A principal lição dada por Neemias, ao seu povo e a todos nós, é que oração e perseverança vencem todos os obstáculos.

Sua história nunca foi posta em dúvida pelos historiadores. Na era pós-exílica, no ano 444 a.C, Neemias serve seu povo com eficácia de determinação.

Segue um esboço, onde identifico 30 tópicos no livro de Neemias, com seus respectivos versículos, relacionando-os com as etapas para o desenvolvimento de um projeto social de restauração e transformação de um local ou comunidade.

Sugiro a utilização destes conceitos, aliados com a prática do Programa de Desenvolvimento Comunitário Integral – PDCI. (Clique AQUI para conhecer sobre o PDCI).

1. Tenha sensibilidade para reconhecer a necessidade e o problema – 1.3
Eles me informaram:“Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão vivendo lá na província passam por grande tribulação, privação e humilhação!”

2. Busque a visão de Deus e coloque-se à disposição – 1.4ss
Tendo ouvido este relato, assentei-me e chorei amargamente, lamentei por alguns dias; e coloquei-me em jejum e ora
ção diante do Deus dos céus. 

3. Enfrente os primeiros desafios com coragem – 2.1-3
No mês de Nissan, Abibe, isto é, entre março e abril, do vigésimo ano do rei Artaxerxes, na hora de servir-lhe o vinho, levei-o ao rei. Nunca antes eu havia me apresentado com o semblante triste na presença dele; por esse motivo me indagou: “Por que o teu rosto está entristecido, se não estás enfermo? Isso só pode ser tristeza da alma!” Então, neste momento, tive muito medo, e justifiquei ao rei: “Que o rei viva para sempre! Como meu rosto não estaria triste, se a cidade em que está o sepulcro dos meus pais está completamente destruída e as suas portas consumidas pelo fogo?” 

4. Defina os objetivos com clareza e estabeleça prazos para concluir – 2.4ss
Então, o rei me perguntou: “O que estás desejando me pedir?” E, neste instante fiz uma rápida oração ao Deus dos céus, e respondi: “Se for do teu agrado, e se o teu servo puder contar com a tua bondade, rogo-te que me permitas ir a Judá, a cidade do sepulcro de meus pais, para que eu a reconstrua”
. Então o rei, tendo a rainha assentada ao seu lado, me perguntou: “Quanto tempo levará esta tua viagem? E quando regressarás?” Depois de informá-lo sobre a duração da missão, ele concordou em liberar-me. 

5. Seja assertivo na busca por parceiros – 2.7ss
Diante da anuência do rei, eu lhe solicitei: “Se for do teu agrado, eu poderia levar cartas do rei aos governadores da Transeufratênia, a província do Eufrates-Oeste, a fim de que me deixem passar até chegar a Judá. E também uma carta para Asafe, guarda da floresta do rei, para que ele me forneça madeira para construir as vigas das portas da fortaleza que fica junto à Casa, e para os muros da cidade, assim como para levantar a residência que irei ocupar. Visto que a generosa mão de Deus estava me abençoando neste sentido, o rei atendeu todos os meus pedidos. 

6. Antes de iniciar, reconheça a situação real – 2.12ss
*Não faça divulgação da ideia antes de começar o projeto*

Cheguei a Jerusalém e, depois de três dias de permanência na cidade, levantei-me durante a noite e saí com alguns dos meus amigos. Todavia não compartilhei com ninguém o que o meu Deus havia entusiasmado meu coração para que eu fizesse por Jerusalém. Não levei animal algum, a não ser aquele em que eu montava. Desta maneira, saí de noite pela porta do Vale, e fui até En Hatanin, Fonte do Crocodilo, e até Sháar Haashpót,Portão do Lixo, e examinei as muralhas de Israel que haviam sido derrubadas, e os seus portais que haviam sido destruídos pelo fogo. Fui ainda mais adiante, até o portão da Fonte, e até o tanque do rei. Contudo, ali não havia sequer espaço para o animal que eu montava pudesse passar; por isso decidi subir o vale, ainda de noite, avaliando o estado dos muros. Finalmente retornei e tornei a entrar pela porta do Vale. 

7. Mostre a necessidade de atuação e seja o principal promotor e motivador da proposta
Então eu lhes disse: Vede a deplorável e humilhante situação em que nos encontramos, como toda a cidade de Jerusalém está em ruínas e suas portas devastadas pelo fogo. Vinde! Vamos reconstruir os muros de Jerusalém, para que não passemos mais vergonha. Também lhes revelei como Deus tinha sido misericordioso comigo e tudo quanto o rei me havia declarado. Diante disso, eles exclamaram: “Levantemo-nos, pois, e reconstruamos nossas muralhas!” E, cheios de ânimo, fortaleceram suas mãos para a realização desse bom projeto. 

8. Tenha cuidado com seus opositores – 2.19ss e 4.1ss
No entanto, quando Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, tomaram conhecimento desses fatos, zombaram de nós, desprezaram-nos e questionaram: “O que é isso que estais tentando fazer? Quereis rebelar-vos contra o vosso rei?” Afirmei-lhes então: “O Deus dos céus é quem fará com que sejamos bem-aventurados e nos dará sucesso nessa obra, e nós, seus servos, apenas nos levantaremos e trabalharemos. Todavia, vós não tendes parte, nem direito, nem memorial em Jerusalém!”

Quando Sambalate tomou conhecimento sobre a obra de restauração das muralhas que estávamos implementando, ficou irado. Ridicularizou os judeus e, na presença de seus compatriotas e dos grandes líderes de Samaria, exclamou: “O que aqueles fracos judeus estão tentando fazer? Será que conseguirão se fortalecer? Irão ainda oferecer sacrifícios? Serão capazes de terminar o que iniciaram em um só dia? Talvez até possam ressuscitar pedras de construção dos montes de escombros e de pedras queimadas?” Tobias, o amonita, que estava ao seu lado, acrescentou: “Mesmo que soergam, uma só raposa derrubará esse muro de pedras!” 

9. Entregue à Deus todos os problemas
Ó nosso Deus, diante disso, ouve-nos, pois estamos debaixo de grande humilhação e zombarias, e faz recair sobre a cabeça desses perversos o insulto que atiram contra nós para sua própria vergonha. Faz também que eles sejam levados como escravos para uma terra de cativeiro. Não perdoes os seus erros e pecados nem apagues as suas afrontas e atitudes más, pois provocaram a tua indignação diante dos construtores. 

10. Delegue tarefas.
Leia e reflita sobre o conteúdo do capítulo 3

11. Cada um deve ‘limpar a frente de sua casa’ – auto responsabilidade – 3.10ss
Ao seu lado, Jedaías, filho de Harumafe, fez os consertos necessários em frente da sua casa, e Hatus, filho de Hasabneias, fez os reparos que lhe couberam ao seu lado. 

Depois, Benjamim e Hassube fizeram os consertos em frente da sua casa, e ao lado deles Azarias, filho de Maaseias, filho de Ananias, providenciou a restauração ao lado de sua casa. 

12. Mediante situações conflituosas, considere as informações como recursos – 4.6 – 14
Enquanto tudo isso acontecia, fomos reconstruindo as muralhas, até que, em toda a sua extensão, chegamos à metade da sua altura, pois toda a população estava com o coração plenamente dedicado à obra. Quando, porém, Sambalate, Tobias, os árabes, os amonitas e os homens de Asdode foram informados que os trabalhos de restauração nos muros de Jerusalém tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram furiosos. Então, ajuntaram-se todos de comum acordo para virem atacar Jerusalém e nos causar grande preocupação e confusão. Nós, porém, oramos ao nosso Deus, e colocamos guardas para defender-nos deles de dia e de noite. O povo de Judá, então começou a comentar: “Os carregadores estão perdendo as forças e ainda há muito entulho; dessa maneira, não conseguiremos reconstruir as muralhas. E os nossos inimigos ameaçavam: “Antes que percebam qualquer movimento ou sequer possam nos acompanhar com os olhos, estaremos bem ali, no centro da cidade, e vamos liquidá-los e destruir todo o trabalho deles!” Os judeus que viviam perto deles dez vezes nos advertiram: “Cuidado! De todos os lugares onde moram, subirão contra nós de uma vez!” 

Considerando essas informações posicionei alguns homens do povo atrás dos pontos mais baixos da muralha, nos lugares ainda abertos, divididos por famílias, armados de espadas, lanças e arcos. Fiz uma rápida avaliação geral da situação e declarei aos nobres, aos oficiais, aos magistrados e ao restante da população: “Não os temais de modo algum! Lembrai-vos do Eterno, nosso Deus, grande e poderoso, e lutai com bravura por vossos irmãos, vossos filhos e filhas, vossas esposas e vossas propriedades!” 

13. Ore e trabalhe, elaborando um plano estratégico de defesa – 4.19 – 23
Recomendei aos nobres, aos magistrados, aos oficiais e à toda a população: “Grande e extensa é a obra, e nós muito separados, distantes uns dos outros ao longo de todo o muro.  Portanto, do lugar de onde ouvirem o toque do Shofar, juntem-se o mais rápido possível a nós ali. Nosso Deus lutará por nós!” Assim trabalhávamos na obra: metade dos homens prontos para lutar com suas armas à mão, desde o alvorecer até o pôr-do-sol. Naquela ocasião eu também ordenei ao povo: “Cada um de vós, com o seu ajudante, permaneça em Jerusalém, para que de noite nos sirvam de guarda e de dia trabalhem. Nem eu, nem meus irmãos, nem meus companheiros e os guardas que estavam comigo sequer trocávamos de roupa, o tempo todo permanecíamos atentos e de arma na mão!” 

14. Seja espiritual, humilde e demonstre atitudes práticas – 5.14
Além disso, desde o vigésimo ano do rei Artaxerxes, quando fui nomeado governador deles na terra de Judá, até o trigésimo segundo ano do seu reinado, durante doze anos, nem eu nem meus irmãos comemos do alimento que era destinado ao governador. 

15. Crie um projeto de cada vez, dentro do projeto principal à medida que avança, atendendo à necessidade local desde que não comprometa o projeto principal.
Leia e reflita sobro o conteúdo do capítulo 5, do verso 1 ao 13

16. Mantenha o foco, mas não utilize atalhos – 6.2 – 4
Sambalate e Gesém mandaram-me o seguinte convite: “Vem, vamos encontrar-nos em uma das aldeias da planície de Ono!” Eles, entretanto, estavam tramando fazer-me algum mal; por essa razão enviei-lhes mensageiros com esta explicação: “Estou executando um grande projeto e não posso descer agora. Afinal, por que eu deveria parar minhas obrigações e deixar a obra para encontrar-me convosco?” Eles me enviaram esse convite quatro vezes, e todas as vezes lhe dei a mesma resposta. 

17. Supere as barreiras – 6.8 – 14
Então mandei dizer-lhe: “De tudo o que dizes nada corresponde à realidade; tu, do teu próprio coração, é que o inventas!” Porquanto todos eles procuravam atemorizar-nos, ameaçando: “As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará mais trabalho algum! Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos!” Um dia fui à propriedade de Semaías, filho de Delaías, neto de Meetabel, que havia decidido ficar trancado dentro de sua casa. Ao chegar, ele rogou-me: “Vamos nos reunir na Casa de Deus, dentro do templo, a portas fechadas, porquanto eles virão para assassinar-te. Sim, virão matar-te nesta noite. Eu, todavia, lhe afirmei: “Deveria fugir um homem como eu? Alguém com a minha responsabilidade deveria sair correndo e trancafiar-se no templo tentando salvar a própria pele? Ora, de maneira nenhuma deixarei de enfrentar o problema!” E, assim, percebi que não era Deus que o enviara a mim; mas ele pronunciou essa profecia com malícia, para me prejudicar, pois havia aceitado o suborno de Tobias e Sambalate. Eles o seduziram e o subornaram a fim de que me assustasse e intimidasse, para que eu agisse da maneira como planejaram, então caísse em pecado e eles tivessem como me difamar e ridicularizar-me diante do povo. Então orei: “Lembra-te, ó meu Deus, das atitudes perversas que Tobias e Sambalate estão praticando, e também das más ações da profetiza Noádia, e de todos os demais pregadores que tentaram desesperar-me!” 

18. Nomeie pessoas de confiança em postos específicos – 7.2ss
Para governar Jerusalém nomeei o meu irmão Hanani e, com ele, Hananias, comandante da fortaleza, pois era homem fiel e temente a Deus, mais do que a maioria dos homens. 

19. Conheça as famílias do local – 7.4ss
Então, o meu Deus colocou no meu coração que eu reunisse os nobres, os oficiais e o povo, para registrar as genealogias. E achei o livro da genealogia dos que foram os primeiros a retornar e nele achei escrito o seguinte: Estes são os descendentes da província que voltaram do Exílio, os quais Nabucodonosor, rei da Babilônia, tinha levado como prisioneiros e escravos e que retornaram para Jerusalém e para Judá, cada um para a sua respectiva cidade, em companhia de Zorobabel, Jesua, Neemias, Azarias, Raamias, Naamani, Mardoqueu, Bilsã, Misperete, Bigvai, Neum e Baaná. Este é o número dos homens do povo de Israel

20. Promova a participação dos locais, isso é fundamental – 7.70ss
Alguns dos chefes das famílias fizeram contribuições voluntárias para a obra no templo: o governador ofertou à tesouraria oito quilos de ouro, cinquenta vasilhas para o serviço religioso e quinhentas e trinta vestes para os sacerdotes. Outros chefes de famílias deram à tesouraria da obra cento e sessenta quilos de ouro e mil e trezentos e vinte quilos de prata, tudo para a realização dos trabalhos de restauração do templo. A soma total trazida voluntariamente pelo restante do povo foi de cento e sessenta quilos de ouro, mil e duzentos quilos de prata e sessenta e sete vestes sacerdotais. Os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores e os servidores do templo, bem como algumas pessoas do povo e os demais israelitas, estabeleceram-se em suas próprias cidades. 

21. Envolva os participantes em assembleias – 8.1 – 2
Então, como se fosse uma só alma, todo o povo se reuniu na praça central, diante do Portão das Águas. E rogaram a Ezrá, Esdras, o escriba e mestre, que trouxesse o Livro da Torá, Lei de Moisés, que Yahweh, o SENHOR, dera a Israel. E assim, no primeiro dia do sétimo mês, o sacerdote Esdras trouxe a Torá, Lei e apresentou-a diante de toda a congregação, que era composta de homens, mulheres, crianças e todos os que podiam entender a leitura. 

22. Ensine os participantes a compartilhar o que tem para outros que não tem – 8.12ss
E, logo depois, o povo começou a sair dali para comer, beber e distribuir porções de alimento a todos quantos não tinham conseguido arranjar sua própria comida. E todos comemoraram com grande alegria, pois atenderam de coração as palavras que lhes haviam sido ministradas. 

23. Estude a Palavra de Deus com os locais – 8.13 – 14
No segundo dia do mês, os chefes de famílias de todo o povo, os sacerdotes e os levitas reuniram-se com o mestre Esdras para ouvirem a exposição da Torá, Lei e seus ensinos. Então descobriram no texto da Torá, Lei, que Yahweh, o SENHOR, havia ordenado, por intermédio de Moisés, que os israelitas habitassem em tabernáculos, cabanas, durante a festa do sétimo mês. 

24. Faça acordos por escrito com os locais e deixe registrado em Ata – 9.38
Considerando, portanto, tudo isso, decidimos estabelecer um pacto, por escrito, e assinado por nossos príncipes, líderes, assim como por nossos levitas e sacerdotes!” 

25. Reconheça publicamente a ação dos voluntários envolvidos – 11.2
O povo rogou bênçãos sobre todos os homens que se apresentaram voluntariamente para habitar em Jerusalém. 

26. Celebre as etapas concluídas dedicando-as a Deus – 12.27

Por ocasião da dedicação a Deus dos muros de Jerusalém, os levitas foram convocados e trazidos de onde estavam vivendo para Jerusalém a fim de participarem alegremente das cerimônias de dedicação com seus hinos, cânticos e declamações de ações de graça, ao som de címbalos, alaúdes, harpas e liras. 

27. Designe trabalhadores para a continuidade dos processos – 12.44 – 45
No mesmo dia foram nomeados responsáveis pelos celeiros e câmaras dos tesouros a fim de poderem receber as ofertas de cereais, os primeiros frutos e os dízimos. Dos campos em volta das cidades deveriam recolher as porções designadas pela Torá, Lei, para os sacerdotes e levitas. Pois Judá expressava sua grande satisfação ao ver os sacerdotes e levitas em seus postos de serviço, obedecendo os preceitos do seu Deus, e os da purificação, como também o fizeram os cantores e os vigias dos portões, tudo de acordo com o que Davi e seu filho Salomão haviam determinado. 

28. Entregue o projeto para que os locais continuem, mas faça acompanhamentos – 13.6 – 7
Entretanto, quando tudo isso estava ocorrendo, eu não estava em Jerusalém, pois no trigésimo segundo ano do reinado de Artaxerxes, rei da Babilônia, retornei à presença do rei. Algum tempo mais tarde roguei sua permissão, e então, recebi autorização e parti de volta a Jerusalém. Aqui soube do mal que Eliasibe fizera ao ceder uma câmara a Tobias nos pátios do templo de Deus. 

29. Acompanhe e faça ajustes, sempre que necessário – 13.11ss
Então repreendi os oficiais e lhes indaguei: “Por que a Casa de Deus ficou abandonada?” Em seguida, convoquei os levitas e os cantores e os enviei aos seus devidos postos. Todo o povo de Judá, então, trouxe os dízimos dos cereais, do vinho novo e do azeite para os depósitos. E nomeei como tesoureiros, para que supervisionassem os depósitos, Selemias, o sacerdote, e Zadoque o escriba, e Pedaías, dentre os levitas, e como assistente deles Hanã, filho de Zacur, filho de Matanias, porquanto eram homens de confiança. E, portanto, receberiam a responsabilidade de providenciarem a distribuição dos suprimentos entre seus irmãos e companheiros de ministério. 

Também estabeleci normas para as provisões de lenha, indicando as datas exatas em que deveriam ser trazidas, assim como para os primeiros frutos. E orei: ‘Lembra-te de mim, para o meu bem, ó meu Deus!’ 

30. Oração e perseverança são fundamentais – 13.14
E orei: “Lembra-te de mim por isso, meu Deus, e não te esqueças do que fiz com a mais absoluta lealdade pela Casa de meu Deus e pelo serviço religioso prestado em tua honra e adoração!” 

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Neemias foi um homem designado por Deus, para um momento singular na história de Israel. Através dele, Deus promoveu a restauração física e espiritual do seu povo, dando testemunho do único Deus dos Judeus. Este homem nos mostra uma atitude humilde e reconhecimento constante da ação de Deus, dando sempre Glórias a Ele, por suas ações poderosas nesta obra magnifica em Jerusalém.

Cinquenta e dois dias foram suficientes para esta obra. Identificamos claramente, na descrição do livro as etapas estruturais para que um projeto tenha êxito:

Esboço do projeto de Neemias

Projeto Reconstruir o Muro de Jerusalém
 
Objetivo principal Reconstruir o muro em 52 dias
  Ne 2.17 – Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser opróbrio.
   
  Ne 6.17 – Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco dias do mês de elul, em cinquenta e dois dias.
   
Metas 1.Consulta a Deus
  Ne 1.4 – Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.

 

  2.Pedir permissão ao rei
  Ne 2.5 – e disse ao rei: se é do agrado do rei, e se o teu servo acha mercê em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique.

 

  3.Levantamento de recursos
  Ne 2.8 – Como também carta para Asafe, guarda das matas do rei, para que me dê madeira para as vigas das portas da cidadela do templo, para os muros da cidade e para a casa em que deverei alojar-me. E o rei mas deu, porque a boa mão do meu Deus era comigo.

 

Orçamento a) Recursos materiais
  Ne 2.8 (acima) e 4.3 – Os filhos de Hassenaá edificaram a Porta do Peixe; colocaram-lhe as vigas e lhe assentaram as portas com seus ferrolhos e trancas.

 

  b) Recursos humanos
  Capítulo 3

 

   
Execução / Implantação Capítulo 3
 
Avaliação / Controle  
  Ne 6.6 – 7 – do teor seguinte: Entre as gentes se ouviu, e Gesém diz que tu e os judeus intentais revoltar-vos; por isso, reedificas o muro, e, segundo se diz, queres ser o rei deles, e puseste profetas para falarem a teu respeito em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá. Ora, o rei ouvirá isso, segundo essas palavras. Vem, pois, agora, e consultemos juntamente.

 

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Com toda certeza, este Copeiro tem muito a nos ensinar! Este ensino, no entanto, deve ser colocado em prática, tanto suas ações práticas de se lançar para fazer o que realmente precisa ser feito, como também a dependência de Deus.

Também, fica evidente aqui, o conceito de interdependência que escrevi no artigo intitulado: Mas, sobre a Tua palavra! Onde mostro como Pedro percebeu a necessidade da interdependência ao obedecer e agir a partir das palavras de Jesus para voltar ao mar, para pescar, depois de uma noite de cansaço e frustração, sem nada pegar. E, ainda, a relação de Pedro com seus amigos, para lhe ajudar, frente à quantidade de peixes que havia pescado.

Que este texto possa lhe ajudar em sua caminhada e, em seus projetos, para honra e glória do nosso Deus, que nos ensina este conteúdo em Sua Palavra!

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BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudos King James – BKJ 1611 – Niterói, RJ : BV Films Editora, 2018.

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