Tudo começou com minha prática em trabalhos sociais e a ministração da aula “Definindo boa saúde”, que faz parte do PDCI – Programa de Desenvolvimento Comunitário Integral, onde atuo há mais de 20 anos.
Observando a relação da humanidade com o meio em que vive, a migração constante e rápida das pessoas das áreas rurais para as áreas urbanas, a suposta necessidade de produção de alimentos ‘saudáveis’, o consumo desenfreado, os ajustes econômicos e o desejo de maiores lucros por parte das indústrias e outras empresas, observei a exploração exagerada do meio ambiente e dos animais, fiquei muito intrigado.
Também observei com profundidade e considerei a narrativa bíblica como elemento decisivo a questão que o homem só começou a consumir carnes após o dilúvio, (por consequente pecado da humanidade) – Leia a reflexão no artigo: A Bíblia preconiza o vegetarianismo
Para mim, ‘a balança está desequilibrada’. Iniciei minha pesquisa e identifiquei que a maior parte da produção de grãos é destinada à alimentação na pecuária. A pecuária, por sua vez, consome enorme volume de água potável. Somadas, agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, consumiu 97,4% de água potável no Brasil em 2017. Sendo que a pecuária é a maior produtora de gases prejudiciais às camadas de ozônio, correspondente à 18% das emissões. Maior do que todos os meios de transportes juntos.
A crueldade e a exploração, tanto dos recursos naturais como animais mostra que estamos caminhando para a estagnação generalizada.
À medida que avançava na pesquisa, observei que a cultura do consumo de carnes diariamente, tem ‘alimentado’ este ciclo de forma exagerada.
Quando crianças e na juventude, não recebemos orientações sobre alimentação saudável, não sabemos a composição dos alimentos, nem se quer paramos para ler a composição dos alimentos industrializados.
Compramos, consumimos, descartamos, numa velocidade extrema.
As campanhas de marketing, através do neuromarketing, além da tentativa de induzir você a achar que precisa consumir, lança dúvidas, em nossa mente. Isso é uma estratégia.
Outra constatação foi que a pirâmide alimentar, com sua base concentrada em carboidratos, está em desacordo com uma alimentação saudável. Prova disso é que 1/3 da população mundial está acima do peso ideal e saudável. Sem considerar os alimentos, ditos naturais, mas que já passaram por processos de modificações genéticas, como exemplo, o trigo, que já sofreu mais de 47 processos de modificações.
Mais uma questão é a proposta de que devemos nos alimentar de três em três horas. Não precisa ser assim!
A partir daí, observei que EU precisa agir. Cabia a mim mesmo tomar alguma atitude positiva a este respeito, pois quando uma ideia (ou conceito) ocupa nossa mente, ela jamais será a mesma!
Entendo que cabe a cada um buscar por estas reflexões e entender sobre a forma como seus hábitos estão impactando o planeta, as outras pessoas e os animais.
Questões relacionadas ao cuidado com o corpo e mente é responsabilidade de cada um.
Nos dias de hoje, temos muitas opções para uma alimentação saudável que está acessível aos mais variados orçamentos domésticos, bastando para isso mudar alguns hábitos.
No entanto vai requerer força de vontade e empenho.
Minha pesquisa me conduziu para um mundo desconhecido até então. Alguns livros me ajudaram a tomar a decisão de mudar o padrão da minha alimentação, a forma como vejo, interajo e me relaciono com a biodiversidade do planeta.
Se você come carne todos os dias, e se quiser mudar esta realidade, pode optar por diminuir a quantidade de dias que se alimentar com a proteína animal, isso já estará proporcionando uma grande mudança!
Alguns livros que me inspiraram
Bíblia: Fomos constituídos como mordomos de Deus para cuidar da terra
Galactolatria – Mau deleite: Implicações éticas, ambientais e nutricionais do consumo de leite bovino. O ser humano adulto, NÃO precisa de leite
Sônia T. Felipe – www.galactolatria.org
Vitamina D: Um ‘tratamento’ simples na reversão de doenças complexas
Michael E. Holick – Disponível na Amazon
Barriga de trigo: Consumo exagerado do cereal, modificado geneticamente mais de 47 vezes
William Davis – Disponível na Amazon
Dr. Kenneth H. Cooper: Resgatando a forma da juventude
Dr. Kenneth H. Cooper – Disponível na Amazon
Corpo sem idade, mente sem fronteiras: A alternativa quântica para o envelhecimento
Deepak Chopra – Disponível na Amazon
Vídeos
Homem – Disponível no Youtube
Uma verdade mais que inconveniente – Disponível no Youtube
O veneno está na Mesa – Disponível no Youtube
Home – O Mundo é a nossa casa – Disponível no Youtube
Depois e ler e ser ainda mais confrontado com estas pesquisas, optei por adotar a filosofia de vida Vegana. Não tive dificuldades para isso. Por ser praticante de corridas de longa distâncias por mais de 36 anos, senti um certo desconforto, depois de 40′ a 50′ de corrida. Mas estou trabalhando nisso.
Caso você queira adotar uma prática como esta, sugiro que comece devagar, vá com calma!
Primeiramente você pode reduzir a quantidade de dias que come carne. Depois, a quantidade de carne, e seguir reduzindo, até parar definitivamente.
Consultar uma Nutricionista será fundamental nesta etapa de adaptação.
Procure ficar ‘consciente’ sobre seus hábitos alimentares e de consumo. Uma mudança, neste nível, vai requer muito empenho e dedicação da sua parte.
Também é muito importante você estabelecer um propósito. Entender e saber explicar porque você quer adotar esta filosofia de vida, fará toda a diferença para obter êxito.
Sei que o veganismo não é, exclusivamente, a solução para nosso planeta e sei também que esta produção também causa danos ao meio ambiente e aos consumidores, no entanto, considero ser esta de ‘menor’ impacto.
Agora, uma breve descrição do significado de Veganismo e Vegetarianismo
Vegano – O veganismo é uma filosofia de vida calcada na ética e não exploração de animais em todas as esferas da vida. Sua alimentação é vegetariana estrita e o boicote também é feito a produtos e serviços que usem, de alguma maneira, o trabalho ou matéria-prima de origem animal, tais como entretenimento (zoológico, aquários, rodeio, touradas, pesca), mobiliário e vestimenta (couro, seda, lã), medicamentos e cosméticos testados em animais, entre outros. O termo vegano é comumente usado para descrever alimentos que não contém ingredientes de origem animal.
Vegetariano – O termo abarca todos os tipos de vegetarianismo. O vegetariano, por definição, exclui de sua alimentação todos os tipos de carne (bovina, suína, de aves, peixes e frutos do mar, carnes de caça e outros) e seguindo a lógica dos prefixos lacto- e ovo-, seria uma dieta baseada exclusivamente em vegetais. Porém o termo vegetariano é comumente usado como sinônimo de ovolactovegetariano. Isso significa que fritura, cerveja, glúten, açúcar refinado e outros tipos de alimentos não saudáveis podem ser consumidos dentro dessa categoria, uma vez que alimentação natural e vegetarianismo nem sempre caminham juntos.
