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Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo?

Escolhas e consequências!

Por: Claudecir Bianco
Teólogo e Missionário
Setembro/2018

Jesus foi posto diante do governador, e este lhe perguntou:
“Você é o rei dos judeus?”
Respondeu-lhe Jesus: “Tu o dizes”.

Acusado pelos chefes dos sacerdotes e
pelos líderes religiosos, ele nada respondeu.

Então Pilatos lhe perguntou:
“Você não ouve a acusação que eles estão fazendo contra você?”

Mas Jesus não lhe respondeu nenhuma palavra,
de modo que o governador ficou muito impressionado.

Por ocasião da festa era costume do governador
soltar um prisioneiro escolhido pela multidão.
Eles tinham, naquela ocasião, um prisioneiro muito conhecido,
chamado Barrabás.

Pilatos perguntou à multidão que ali
se havia reunido: “Qual destes vocês querem que solte:
Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?”

Porque sabia que o haviam entregado por inveja.
Estando Pilatos sentado no tribunal, sua mulher
lhe enviou esta mensagem:
“Não se envolva com este inocente, porque hoje,
em sonho, sofri muito por causa dele”.

Mas os chefes dos sacerdotes e os líderes
religiosos convenceram a multidão a que pedisse
Barrabás e mandasse executar Jesus.

Então perguntou o governador:
“Qual dos dois vocês querem que eu solte?”

Responderam eles: “Barrabás!
Perguntou Pilatos: “Que farei, então, com Jesus, chamado Cristo?”

Evangelho de Mateus, capítulo 27, versículos 11 a 22a – NVI-P 1

 

Nossa vida se desenvolve a partir de nossas escolhas. Todos os dias escolhemos acordar determinada hora, escolhemos as roupas que vamos vestir e as ações para o restante do dia.

As respostas que alguns, insistem afirmar como sendo os vilões, como exemplo: ‘o ônibus atrasou’; ‘o trânsito está horrível’; ‘não tenho tempo’; são, na verdade, apenas desculpas infantis, resultados das nossas escolhas predecessoras.

Você escolhe chegar antes da hora; você escolhe sair mais cedo; você escolhe as prioridades para investir seu tempo!

Claro que para cada uma das escolhas, haverá as devidas consequências.

No texto do Evangelho de Mateus, destacado acima, vemos as escolhas feitas por Jesus, por Pilatos e pela multidão.

No entanto, no lugar de concentrar esta reflexão nas escolhas, quero propor uma análise na pergunta, feita por Pilatos e três possíveis consequências derivadas das respostas que permeiam o texto, relatados nos versículos anteriores e posteriores aos citados acima.

Que farei, então, com Jesus, chamado Cristo?

Para melhor compreensão sugiro que faça uma reflexão cuidadosa no texto completo que está no evangelho de Mateus, capítulo 27.

Ao analisarmos os textos bíblicos, devemos ter em mente que, no momento dos acontecimentos não havia uma compreensão completa e conceitual como temos agora.

Muitas decisões, tomadas no ‘calor’ do momento, construíram a história, compuseram cenários que hoje, podemos ler e reler, analisar, estruturar e refletir de forma mais acurada e precisa.

Com isso em mente e depois da leitura do texto completo, destaco o conteúdo composto pelos versículos de 1 ao 10.

 

Faço meu primeiro destaque que é: Mesmo conhecendo, posso traí-lo.

Judas, um dos discípulos de Jesus, disse:

‘Pequei traindo sangue inocente’.1

Um discípulo que acompanhou seu mestre, ouviu de seus ensinamentos, vivenciou os milagres feitos por Jesus, o considerou apenas como ‘um inocente’.

Podemos nos perguntar: Por que Judas traiu Jesus?

Penso que Judas não havia se convencido que Jesus era filho de Deus. Tudo o que Jesus havia feito não chegou no entendimento de Judas como concreto e convicto da certeza da presença do Messias entre ele.

A dúvida foi seu principal algoz.

Alguns podem dizer que, de fato, Judas não conhecia Jesus, concordo.

No entanto, o que chama a atenção, neste cenário, é que Judas tomou uma decisão e, esta decisão lhe trouxe uma consequência.

Semelhante modo, nos dias de hoje, mesmo conhecendo Jesus, ‘podemos traí-lo!’

Considero uma traição a Jesus, o fato de não darmos atenção à prática de seus ensinamentos. Ao desconsiderar qualquer atitude similar ao que ele ensinou e pediu que ensinássemos às outras pessoas.

Considero uma traição aos ensinamentos de Jesus, quando não vivo de forma concreta as boas novas de Deus que Ele ensinou.

Deixo que você mesmo siga refletindo o que significa trair Jesus e quais as consequências que esta escolha pode trazer e impactar sua vida.

 

O segundo ponto que quero destacar é que: Mesmo conhecendo, posso negá-lo.

Vamos observar, à luz do texto, o versículo 22 que diz:

‘Replicou-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo?

Seja crucificado! Responderam todos.1

A situação estava caótica, a multidão estava enfurecida e todos, a uma só voz, preferiram um suposto conhecido… do que aquele, que alguns diziam ser o Messias, o Cristo de Deus, desconhecido de muitos.

Escolhas e consequências… Ao escolher Barrabás, todas as consequências vieram sobre Jesus. Barrabás teve sua liberdade, Jesus a humilhação da cruz!

Negar Jesus não é uma situação nova. Outro discípulo o fez, por três vezes! Leia o texto no Evangelho de Lucas, capítulo 22, versículos 54 e seguintes.

Considero, a situação, de negar a Jesus algo como que se a pessoa falasse assim:

‘Esse Jesus que você está me apresentando não me serve. Nos dias de hoje mais vale ter conhecimento e dinheiro do que tentar imitar este Jesus.’

Outros consideram que tudo que acontece ao seu redor é fruto do acaso. Assassinatos, roubos, fome, corrupção… mudam-se os personagens, mas os episódios continuam os mesmos, nada e ninguém poderá mudar este cenário.

Demonstrar amor, afeto e carinho por alguém desconhecido é sinal de fraqueza.

Ter e ser praticante de uma expressão de fé, é sinal de fraqueza e de falta de conhecimento, consideram outros.

Ao mesmo tempo, ao nos convencermos que estamos seguindo Jesus sem a pretensão de imitá-lo, incorremos no risco de negá-lo a cada dia.

O evangelho não é apenas um conceito intelectual-religioso que depois de aprendido já basta.

O evangelho é uma expressão de fé, amor e dedicação prática, dia após dia.

O evangelho é uma constante tentativa de imitação do Cristo de Deus, auxiliado por seu próprio Espirito.

Posso negar Jesus, como fez aquela multidão, só que agora sem as mesmas consequências.

Nego Jesus, quando não pratico o que Ele pediu.

Dessa forma, estaremos fazendo como aquelas pessoas, não se importando com nada.

No tempo de hoje, muitos estão escolhendo Barrabás, como a outra opção!

Outras pessoas, estão tão indiferentes que não se posicionam para nada.

Nego Jesus, mas busco as bênçãos de Deus, pois Deus é bom!

Incoerência no entendimento!

 

O terceiro e último ponto é que: Posso reconhecer Jesus, como o filho de Deus.

Depois do fato consumado, um oficial romano, que ainda permanecia ali, estarrecido pelo que viu acontecer, exclama:

‘Verdadeiramente este era o Filho de Deus’1

Tudo pode mudar, ao entendermos o real significado de que Jesus é o Filho de Deus!

A fé, tem outro significado, ao entendermos que a promessa de Deus para seu povo foi cumprida em Jesus.

Ao entendermos que Jesus é o Cristo de Deus, a personificação do altíssimo encarnado, morto e ressurgido dos mortos, nossa prática será mais proativa e efetiva, em nós, em nossa igreja e na sociedade.

Compreendemos a importância e urgência do anuncio do evangelho transformador que Jesus ensinou.

Compreendemos que a, expressão de fé, para os chamados ‘pequenos cristos’, não se resume à prática dominical de frequência a um templo.

Compreendemos que há muitas ações que precisamos fazer para que aqueles que ainda não conhecem o amor de Deus, possam conhece-lo e serem, por Ele, salvas.

Ao compreendermos que ‘verdadeiramente, Jesus, é o Filho de Deus’, caminharemos por fé e realizaremos as obras que Ele mesmo tem colocado em nossas mãos.

É tempo de assumirmos nossa posição, como cristãos maduros, verdadeiros servos e servas do Senhor.

É tempo de nos posicionarmos nessa sociedade, sendo testemunhas fiéis da nossa fé no Cristo de Deus.

Fé que transforma, fé que nos impulsiona, fé que nos motiva, fé em Jesus Salvador, libertador, Rei e verdadeiramente Filho de Deus.

Vivendo esta fé, não vou traí-lo, não vou negá-lo, mas vou reconhece-lo como o Cristo, enviado de Deus para reconciliar os filhos com o Pai!

Assim, deixo para você a pergunta:

 

Que você fará, então, de Jesus, chamado Cristo?

 

 

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1BÍBLIA SAGRADA. Português – Nova Versão Internacional – NVI-P – Versão On Line – You Version

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