Por: Claudecir Bianco
Teólogo e Missionário
Abril/2019
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 1ª Coríntios 13.1
*Se não tiver amor, mesmo que tenha o dom de profetizar, mesmo que tenha todo o conhecimento sobre os mistérios do universo e até mesmo seja conhecedor de toda a ciência, não serei nada. Se não tiver amor, mesmo que tenha muita fé ao ponto de realizar o impossível, não terá valor algum. Se não tiver amor, mesmo que tenha muitos recursos e reparta os mais pobres, este ato será vazio, frio, e sem qualquer significado. Se não tiver amor, mesmo que ofereça meu próprio corpo para ser queimado, nada disso me aproveitará. Se não tiver amor, a injustiça será meu alimento e a verdade, algo tão distante como as estrelas.
Mas, se cultivar o amor em minha vida ao ponto de refletir em meus atos diários, cultivarei também os frutos deste amor através da paciência e da benignidade. O amor não é expressado em atitudes medíocres de ciúmes, não é inconveniente, não procura seus próprios interesses, não fica ressentido com as situações, por mais simples que forem. O verdadeiro amor não tem fim.
Antes de conhecer este amor ‘verdadeiro’, tinha outros sentimentos que imaginava ser o amor. Quando era criança, sem qualquer conhecimento, pensava em coisas nos níveis mais rasos e bem superficiais. Quando me tornei adulto, percebi e, comecei vivenciar uma nova perspectiva de amor. Antes, esses sentimentos eram nebulosos, meu conhecimento limitado e, muitas vezes, confusos. Sei que, mesmo agora, ele ainda não está completo, mas através da fé, da esperança e deste verdadeiro amor, que agora conheço, ele se tornará completo, e será assim pela eternidade.
Nesta eternidade encontrarei a fonte principal deste amor.
Ele não foi somente a fonte deste amor, mas foi o amor encarnado. Ele foi quem ensinou os atos de misericórdia num mundo individualista. Foi Ele quem profetizou, foi Ele quem mostrou o que significa ter fé, esperança, paciência. Ele mostrou na simplicidade da vida a verdadeira divindade do eterno. Foi Ele quem trouxe novo significado para a expressão de fé. Uma fé que liberta, que transforma, que transcende a razão e nos faz expressar o amor verdadeiro, marca de todos seus imitadores.
Sim, na eternidade, nos veremos face a face. Por enquanto, conheço apenas isso, posso dizer que é apenas uma pequena parte. Ele, no entanto, me conhece, sabe como sou, sabe das minhas limitações, sabe que estou buscando melhorar a cada dia. Mas Ele sabe que estou aberto, aprendendo com a vida, a expressar este amor verdadeiro, assim como Ele fez. Ele é a fonte de inspiração e a força que nos movimenta. Ele é o amor.
Essa atitude de amor, fez com que abrisse mão de tudo o que tinha, inclusive sua grandeza, para se tornar pequeno e humilde. Ele ensinou aqueles que queriam aprender, mostrou seu amor através das marcas em seu próprio corpo açoitado, machucado, humilhado numa cruz. Ele se tornou maldito para que eu me tornasse bendito. Ele foi, Ele é e, sempre será a verdadeira expressão do amor.
Se, com toda esta demonstração, não tiver amor, não conseguir demonstrar este amor para aqueles que estão ao meu lado, não serei digno de dizer que o conheço. Se, em mim, não há amor suficiente para superar as dificuldades que a vida traz, não devo afirmar que algum dia ouvi falar desta fonte.
Se não tiver amor, nada serei.
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*Paráfrase do texto do Apóstolo Paulo em sua primeira carta destinada à igreja na cidade Corinto, no capítulo 13, versículos de 1 a 13, por volta do ano 55 d.C. Essa carta revela que a igreja de Corinto, em vez de amadurecer, desenvolveu uma quantidade espantosa de problemas sérios, tais como divisão, abuso dos sacramentos, desordem durante os cultos, problemas teológicos, frouxidão moral e de um ascetismo doentio.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudos de Genebra – São Paulo : Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
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Lindo Texto!
Parabéns!